O presente artigo destinado aos estudantes do I Ciclo do ESG pretende ilucidar alguns aspectos sobre as lutas anti-coloniais em Africa depois da Segunda Guerra Mundial. Conclui-se que o progresso do nacionalismo africano nas colónias Britânicas, teve alicerces com o regresso dos antigos combatentes africanos que participaram naquele conflito. No caso das colónias francesas, O momento exigia uma dupla exigência à França: manter o poder colonial e o mesmo tempo preparar aberturas para o progresso. França tomou sempre iniciativas para retardar a marcha às independências das suas colónias. No caso de Congo, colónia Belga, assistia-se confluência de forças internas e externas; assimilacionismo e separação de raças. O início da oposição se exprimiu em movimentos religiosos protestantes que profetizava a vinda de um mundo melhor que previa justiça para os negros. Dai Kibanguismo e o movimento de testemunhas de Jeová chamado Kitwala que-se destacaram no contexto do nacionalismo. Apreciando as lutas anti-coloniais na globalidade, a unidade dos africanos ganha corpo após a independência de Gana em 1957, cristaliza – se politicamente em 1963 e passa à ofensiva contra o colonialismo, culminado com a criação da OUA em Addis Abeba. Guia – se por princípios de igualdade absoluta de estados, não ingerência recíproca nos assuntos internos dos estados, respeito às soberanias, tolerância e solidariedade entre os povos.
Palavras-Chave: Movimento de Libertação Nacional, Nacionalismo, colonialismo, neocolonialismo.
This article is designed for students of the First Cycle of ESG want ilucidit some aspects of the anti-colonial struggles in Africa after the Second World War. We conclude that the progress of African nationalism in the British colonies, had foundations with the return of former combatants Africans who participated in that conflict. In the case of the French colonies, the time required a dual requirement to France: keep the colonial power and the same time preparing openings for progress. France has always taken initiatives to slow the march to independence of their colonies. In the case of Congo, Belgian colony, watching yourself confluence of internal and external forces; assimilationism and separation of races. The early opposition was expressed in religious movements Protestants who prophesied the coming of a better world which provided justice for blacks. so, emerged Kibanguismo and movement of Jehovah's Witnesses called Kitwala that is highlighted in the context of nationalism. Appreciating the anti-colonial struggles in the whole, the unity of Africans gain body after Ghana's independence in 1957, crystallizes - politically in 1963 and goes on the offensive against colonialism, culminating with the creation of the OAU in Addis Ababa. Guide - by principles of absolute equality of states, mutual non-interference in the internal affairs of States, respect for sovereignty, tolerance and solidarity among peoples.
Keywords: National Liberation Movement, Nationalism, colonialism, neo-colonialism.
Há uma série de factores que contribuiram para o desenvolvimento do Nacionalismo Africano. Olhando para os factores internos se pode depreender que a colonização promoveu o seu próprio desaparecimento devido às contradições internas do próprio sistema. Os princípios coloniais inculcados pela educação e pela prática administrativa aos africanos foram fatais para o próprio colonialismo: “ou eramos iguais de factos ou diferentes até ao fim”. Apreciando os factores externos, começam com o abalo da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) e suas consequências; as políticas anti-coloniais assumidas pelas duas super-potências (EUA, URSS); as decisões da ONU (resolução 1514 de 14.12.1960) que apelava concessão às indendências aos países e povos coloniais e um rápido fim do colonialismo em todas as suas formas; os exemplos nacionalistas da Ásia e em alguns países africanos; a participação de africanos na II GM despertou atenção para lutar pelas suas independências; a Conferência de Bandung na Indonésia (1955) dos países recém-libertos da Ásia despertou Movimentos Nacionalistas Africanos e em parte os exemplos encorajadores da Africa do Norte (Egipto, Marrocos, Argélia).
A Inglaterra elaborou um plano para independências das suas colónias logo depois da Segunda Guerra Mundial, agrupando países anglófonos numa comunidade denominada COMMONWEALTH para evitar manifestações anti-coloniais que prejudicariam o Império. Alguns analistas consideram que mais tarde esta comunidade se tornou um instrumento de neocolonização.
Na África Ocidental e do Norte temos o exemplo da COSTA DE OURO (GHANA) que ascendeu à Independência no dia 6 Março de 1957 sob direcção de Francis Kwame Nkrumah. Beneficiou-se da constituição de 1946 adoptada segundo os princípios de autonomia das colónias, aprovada pelo partido trabalhista no poder em Londres que acolhia representantes negros formando uma oposição negra no conselho consultivo, que começaram exigir a independência. Primeiramente as forças nacionalistas estavam agrupadas em torno do United Gold Coast Convention (UGCC) de J. B. Danquah em 1947; da cisão deste grupo, formou-se mais tarde Convention People’s Party (CPP) que exigiu self government now e ganhou eleicções em 1951 (34 dos 38 assentos para africanos no parlamento local); o seu líder Francis Kwame Nkrumah obteve 98,5% de votos, tendo sido liberto da prisão e mais tarde nomeado primeiro-ministro. Foi deposto em 1966 e morreu no exílio (Guiné) em 1972.
Na África Oriental , se destaca o exemplo da Tanganyika cuja Independência foi a 8 de Dezembro 1961 sob direcção de Julius Nyerere, líder do Tanganyika African National Union (TANU) era apologista de uma independência regional, base para federação rumo á União Africana e foi um dos fundadores da OUA. Juntamente com Uganda, Quénia tentaram instituir em 1948 governo autónomo, plano inviabilizado pelos colonos quenianos por acharem que Tanganyika em termos comaparativos era economicamente pobre. A passagem de Tanganyka para Tanzânia deu-se após o triunfo do Afro-Shiraz Party (ASP) do Zanzibar, sobre os vários partidos de tendência árabe-islâmica instituídos naquela ilha desde independência. O triunfo deste partido foi marcado por um golpe militar dirigido por John Okelo que levou ao poder Abeid Karume. Em 1964 o Zanzibar firmou com o tanganyka uma união que tomou o nome de República Unida da Tanzânia, presidida por Nyerere e Karume como vice-presidente. Depois da Declaração de Arusha de 5 de Fevereiro de 1967 que adoptou o socialismo africano e o não alinhamento, tanzânia iniciou recuperação económica baseada nas aldeias (Ujamas), a Tanzânia filiou-se à OUA, apoiou a Frelimo e teve papel de relevo na LINHA DA FRENTE.
No contexto das lutas anticoloniais nesta região cita-se também o exemplo da Quénia que ficou independência no dia 12 de Dezembro de 1963 sob a liderança de Jomo Kenyatta que regressou de Londres em 1947. Este líder, impulsionou a exigência de igualdade de representação no parlamento e no governo local, o acesso à educação para os africanos, abolição dos atropelos às liberdades democráticas, de expressão e de reunião. Estas reivindicações foram rejeitadas pelos colonos. Os quenianos reagiram lutando e assim em 1950, eclodiu a revolta dos Mau-Mau que utilizou práticas de xenofobia contra os colonos. Esta revolta foi sufocada em 1957 e Kenyatta foi preso. Em 1960, foi criado o Kenya African National Union (KANU) e adoptou o slogan UHURU (Independência) embora afectado pelas fricções étnicas (Kikuyos, Lwos, Mas e Kambas que se opunham contra KANU. Depois da Independência, Quénia não optou pelo socialismo, filiou-se ao movimento dos não-alinhados, na Commonwealth e tomou parte activa na criação da OUA.
África Central Britânica pode-se destacar a luta anti-colonial com o colapso da federação entre Rodésia do Sul e do Norte em 1963. Recorde-se que a primeira tentativa de instituição desta federação foi em 1915 pelos directores da BSAC, com tendências de autodeterminação em relação à Inglaterra. Em 1924 Hertzog (RSA) tentou também o mesmo feito sem sucesso devido à recusa dos colonos rodesianos. Em 1949, a Rodésia do Sul aceitou a federação para explorar minérios e mão-de-obra do Norte (Malawi) e estes pretendiam financiamentos do Sul. A Inglaterra via vantagens nisto visto que livrava-se de encargos administrativos e ganharia impostos pagos pelos colonos. Numa gestão partilhada com a metrópole, sob direcção de Huggins, primeiro-ministro da Rodésia do Sul em Outubro de 1953, a federação fazia gestão de recursos nacionais enquanto a Inglaterra geria as pastas de defesa e dos negócios estrangeiros. A federação não estimulava Wind of change promulgada pela Inglaterra, pelo contrário acentuou o racismo levando movimentos nacionalistas a agir por sua conta até ao colapso da federação em 1963. É neste contexto que Ian Smith proclamou a independência da Frente Rodesiana, o actual Zimbabwe no dia 11 de Novembro de 1965 com intuito perpetuar a colonização na região. Antes da independência de 1980,foram orquestradas eleicções fraudulentas por Ian Smith, colocando bispo Abel Muzorewa no poder sem poderes efectivos. Só a luta armada levou ao reconhecimento da Frente Patriótica em Lancaster House. Os acordos de Lancaster House levaram o Zimbabwe à independência no dia 11de Abril de 1980, dois grupos (ZAPU-União Popular Africana do Zimbabwe de Joshua Nkomo e ZANU-União Nacional Africana do Zimbabwe de Robert Mugabe) formaram FRENTE PATRIÓTICA. A Zâmbia que ficou independente em 1964, fizera parte juntamente com Rodésia do Norte e Niassalândia e tal como noutros territórios discriminação era evidente. Em 1950, os nacionalistas fundaram a United National Independence Party (UNIP), liderada por Kenneth Kaunda a partir de 1960 quando saiu da cadeia.
A partir de 1946, França atribuiu a cidadania francesa a todos os colonizados em vez de dar independência às colónias retirando o estatuto de indígena. Isto permitiu a criação dos primeiros partidos negros nas colónias e a participação das elites locais nos parlamentos dos seus países, a sua representação nos parlamentos dos seus países e a sua representação no parlamento francês. A França pressionada pelos ventos de mudança dos pós-guerra manifestada pelas decisões das Nações Unidas de São Francisco, de um lado pela oposição dos EUA e da URSS contra a colonização, iniciou um processo de descolonizção das respectivas colónias marcado por muitas hesitações e até confrontadores ideológicas, entre as diferentes partes políticas francesas. Assim sendo, o caminho para independência das colónias francesas tornava – se irreversível e consolidou – se a partir de 1960. Mas antes a renitência francesa não evitou uma luta armada nacionalista na Argélia, onde aquele povo africano exigia a sua independência.
Nos período pós-guerra, SENEGAL, tal como outras colónias, sofreu directamente o efeito da recessão económica apesar de se fazerem sentir as reformas políticas francesas, com a participação dos africanos na política nacional, a escassez de produtos importados, a redução de mercados para exportação do amendoim e a queda do seu preço no mercado mundial. As queixas dos antigos combatentes que participaram na guerra, ao lado dos franceses, tornaram – se os problemas mais candentes que iriam rapidamente alterar a situação colonial. Em consequência desta situação, emergem os primeiros partidos nacionalistas organizados, em que o primeiro deles, foi o “Bloco africano” conduzido por Lamine Guéye, advogado, e por um professor, Leopold Sédar Senghor. As divergências entre os dois lideres levaram Senghor a formar o Bloco démocratique Sénègalais (BDS), que entre vários aspectos do seu plano, previa a criação de um socialismo africano, tendo elaborado uma doutrina de eleições locais. Em 1958, senghor adere à “Lei quadro” e converte – se em território autónomo, dentro da União Francesa. Porém, a libertação africana já era uma realidade irreversível e a França, pressionada pela sua aderência ao mercado comum europeu, que não permitia, a nenhum dos seus membros manter colónias, o Senegal ascendeu à independência em 1960.
No caso da Argélia, a derrota dos franceses em Dien Bien Phu, aliada à política francesa de recusa de atribuir as independências pacificamente às suas colónias, levou a Argélia a organizar o primeiro movimento armado africano, pela independência nacional. Com efeito, a Frente de Libertação Nacional desenvolveu uma intensa luta no campo, apoiada por incursões de guerrilha urbana, em parte, aprendidas com a resistência francesa, quando esta lutava contra os alemães. Em resposta, os meios reaccionários da burguesia francesa desencadearam uma cruel chacinas e tortura dos nacionalistas e guerrilheiros. Depois de 8 anos de luta encarniçada, de Gaulle reconheceu a independência da Argélia, celebrada a 3 de Junho de 1962. Ahmed Nen Bella foi conduzido á presidência em Agosto do mesmo ano, tendo, no entanto, sido derrubado em 1965, por hourai Boumediene, um dirigente veterano da guerra contra a França que deu uma nova dinâmica a revolução argelina. No plano das medidas externas tomadas, a Argélia tornou – se um guia de vanguarda dos movimentos de libertação do continente, apoiando a formação de guerrilheiros, sobretudo para os movimentos de libertação das colónias portuguesas, onde a sua transição pacifica para a independência. Com efeito, os primeiros guerrilheiros da FRELIMO, Chipande e outros, foram formados naquele país africano.
A margem do rio Congo, onde se estabelecera o Congo belga, fora no passado santuário de reinos poderosos como o Congo, Luba, Kuba e Luanda, antes da chegada dos primeiros traficantes de escravos europeus. Henry Stanley, a mando das autoridades belgas levou ate a esta região “civilização” cristã, nos finais do século do XIX. Na conferência de Berlim, as intensas disputas entre as potências pela posse desta região foram ganhas pelo rei Leopoldo II, que estabeleceu aqui a Compagnie du Katanga, para deter as tendências expansionistas dos ingleses, a partir do Sul, onde Cecil Rodhes havia tomado a Rodésia do Norte. As mudanças ocorridas em 1957, provocadas pela independência da Gana e pelo intenso movimento emancipacionistas nas colónias francesas, obrigaram as autoridades belgas a tomarem medidas liberalizadoras, que permitiam o surgimento de alguns partidos nacionalistas. Os partidos surgidos eram, quase todos, baseados na tribo e na região. Só im deles, o Movimento Nacional Congolês, dirigido por Patrice Lumumba, via as coisas em termos nacionais, evitando as divisões tribais ou regionais. Conduziu o este movimento rumo à independência a 30 de Junho de 1960 e Joseph Kasavubu foi nomeado presidente. Poucos dias após a independência, os grupos tribalistas e a de conspiração contra o governo de Lumumba: a 11 de Julho os secessionistas do Catanga, proclamam a sua independência, privando o governo das riquezas minerais e pouco tempo depois o Kassai também segue o exemplo. Solicitado apoio as Nações Unidas, estas enviaram uma força ao Congo composta por para – quedistas belgas, que, no entanto, apoiaram a reacção. Aproveitando – se do facto, Kasavubu orquestra um golpe de Estado e entrega Lumumba aos secessionistas catanguesses, que o matam. O novo governo estabelecido após o golpe, tinha como primeiro-ministro Moisés Tchombé, que derrotou os últimos focos de resistência das forças de Lumumba. Em 1965, Tchombe foi deposto por um golpe militar dirigido por joseph Desire Mobutu, que alterou o nome de Congo para Zaire e o seu próprio nome para Mobutu Sese , no âmbito da doutrina de autenticidade africana. Na politica externa, Mobutu, apesar de filiar – se nos países não- aliados, as suas posições foram sempre em defesa dos interesses imperialistas na região. Apoiou as forças que, em Angola, tentavam impedir a vitória de Agostinho Neto e o seu MPLA, e muito recentemente apoiou clara e abertamente a UNITA, no conflito que se seguiu ás eleições de 1992, onde esta foi derrotada pelo MPLA.Manteve sempre boas relações com a Africa do Sul do apartheid, apesar disso, contrariava a sua posição como membro da ONU.
No antigo Império Colonial Português, não houve uma descolonização comparável à das colónias britânicas ou francesas, visto que Portugal considerava os territórios ultramarinos como “províncias”, não havendo espaço para se falar em descolonização. A única solução para as colónias portuguesas era pegar em armas e lutar pelas independências, benefeciando-se em parte da ajuda dos países socialistas
Com a união dos três movimentos nacionalistas (MANU, UDENAMO e UAMI) foi formada a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) a 25 de Junho de 1962 em DAR – ES – SALAM, capital da Tanzânia na altura, a Frelimo teve como primeiro presidente, Dr. Eduardo Chivambo Mondlane. A 25 de Setembro de 1964, foi decretada a luta de libertação nacional que durou dez anos. O governo colonial só reconheceu o direito à independência do povo moçambicano durante os Acordos de Lusaka no dia 7 de Setembro de 1974. A descolonização de Moçambique tornou-se realidade quando foi proclamada a independência nacional no dia 25 de Junho de 1975.
Não se pode ignorar a integração do nosso país na LINHA DA FRENTE idealizado na década de 1970 pelos presidentes Seretse Khama, do Botswana, Kenneth Kaunda, da Zâmbia, e Julius Nyerere, da República Unida da Tanzania, países independentes na África Austral. Presididos por Nyerere, os países da LINHA DA FRENTE fizeram conjuntamente esforços para a libertação de países que ainda se encontravam sob o jugo colonial incluindo Moçambique que estava em guerra contra o colonialismo Português e o apartheid na Africa do Sul. Em 1975 a eles se juntaram Samora Machel e Agostinho Neto, presidentes de Moçambique e Angola, que acabavam de conquistar a sua independência. Estavam conscientes de que a independência política não era por si só suficiente, e a experiência positiva adquirida no trabalho conjunto foi aproveitada e transformada numa cooperação mais ampla com vista ao desenvolvimento económico e social.
Entre 1977 e 1979, os representantes destes países realizaram consultas entre si sobre a melhor forma de fortalecer a sua cooperação. As consultas culminaram com um encontro em Arusha, em Julho de 1979, que conduziu à criação da Conferência de Coordenação do Desenvolvimento da África Austral (SADCC) a 1 de Abril de 1980, na Cimeira de Lusaka, e à criação do seu secretariado em Gaborone, a convite de Khama.
Durante o 3º congresso da Frelimo em 1977, Moçambique optou pelo Marxismo – Leninismo como politica a seguir, onde a educação e a saúde eram gratuitos. Desde então Moçambique tornou – se centro de tensões da região no contexto da guerra fria. Moçambique viu – se mergulhado numa guerra civil durante 16 anos suportada pela então Rodésia do Sul e África do Sul da racista. Os esforços para uma coexistência pacífica com a vizinha África do Sul através do Acordo de Nkomati, assinado a 16 de Março de 1984 pelo presidente da República Popular de Moçambique, Marechal Samora Moisés Machel e Pieter Botha para não-agressão e boa vizinhança, não evitaram o prolongamento da guerra civil. A destruição do Muro de Berlim e as transformações no leste europeu contribuíram para mudanças políticas dentro de Moçambique. O governo de Moçambique, decretou o fim do monopartidarismo em 1990, optando pelo sistema multipartidário, abrindo assim o caminho para democracia multipartidária em Moçambique. Este processo culminou com assinatura do Acordo Geral de Paz em Roma, capital Italiana entre o governo de Moçambique e a Renamo liderada por AFONSO MACHO MARCETA DHLAKAMA, a 4 de Outubro de 1992. Em 1994, foram realizadas as primeiras eleições multipartidárias ganhas pelo partido Frelimo e seu candidato à presidência da república, JOAQUIM ALBERTO CHISSANO.
Pode-se concluir que a Segunda Guerra Mundial desestruturou o colonialismo e a participção dos africanos neste conflito onde trocaram valiosas experiências galvanizou a emergência dos MLN em todo o continente africano. A França e Inglaterra mantiveram intactas relações com suas ex – colónias (neocolonialismo), entregando poder às elites nativas. Portugal e Bélgica não conseguiram manter laços com as respectivas colónias devido à forma como estas obtiveram as independências.
Este tema é tratado com mais profundidade no Segundo Ciclo do ESG onde são enquadrados os conceitos de Negritude, Pan-Africanismo e em parte os grupos motores do nacionalismo africano.
DAVIDSON, A.B. et all. Política e nacionalismo nas Áfricas central e meridional, 1919
-1935. In: BOAHEN, A. Adu. História Geral da África VII. A África sob dominação colonial, 1880-1935. Ática/Unesco, Paris, 1985.896p.
FRELIMO (documentos 3° Congresso). Documentos Base da FRELIMO 1. Maputo
1977.209p.
GRAÇA, Pedro Borges. A Construção da nação em África. Edições Almedina. Coimbra, 2005.335p.
HEYWOOD, Andrew. Politics. 2nd edition. New York, 2002.443p.
HOBSBAWM, Eric J. Nações e Nacionalismo desde 1780. Rio de Janeiro, 1998.230p.
LAVROFF, Dmitri. Os Partidos Políticos da África Negra. Lisboa, 1975.143p.
MACHILI, Carlos. Unidade e diversidade: Centralização e descentralização no processo
eleitoral 94 em Moçambique. In: MAZULA, Brazão (coord). Moçambique: Eleições, Democracia e Desenvolvimento. Maputo, 1995.672p.
MONDLANE, Eduardo. Lutar por Moçambique. 1ª Edição Portuguesa/L, 1975.276p.
NGOENHA, Severino Elias. Identidade moçambicana: já e ainda não. In: Carlos Serra
(Dir.). Identidade, Moçambicanidade, Moçambicanização. Maputo: UEM, 1998.1988p.
POMER, Leon. O surgimento das nações. S. Paulo: Autual, 1994.91p.
SAMBO, Vitorino F. Algumas Considerações sobre o conceito Estado-nação. In; JOSE,
Alexandrino e MENESES, Paula M.G. Moçambique: 16 anos de Historiografia: focos, problemas, metodologias, desafios para a década de 90. Maputo, 1991.316p.
SILIYA, Carlos Jorge. Ensaio sobre a cultura em Moçambique. Maputo, 1996.288p.
TWADDLE, Michael et all. A África Oriental. In: MAZRUI, A.A e WONDJI, C.(Edit).
História Geral de África, VIII: África desde 1935. Brasília: UNESCO, 2010.1272p.
1.Descreve no mínimo dez factores do nacionalismo africano depois da Segunda Guerra Mundial.
2.Complete:
A. COSTA D’OURO (GANA).
1.País europeu ex-colonizador............................................................
2.Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência...................
3.Lider do Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência..........
4.Data da IndependênciaNacional..........................................................
5.Tipo de luta: Descolonização Pacífica......................Luta Armada.................
5a ) Justifique a sua opção com exemplos concretos.......................................
B. TANGANYKA (TANZANIA)
1.País europeu ex-colonizador............................................................
2.Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência...................
3.Lider do Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência..........
4.Data da Independência Nacional.........................................................
5.Tipo de luta: Descolonização Pacífica.........................Luta Armada..............
5a ) Justifique a sua opção com exemplos concretos.......................................
C. QUÉNIA.
1.País europeu ex-colonizador...........................................................
2.Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência..................
3.Lider do Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência.........
4.Data da Independência
Nacional....................................................
5.Tipo de luta: Descolonização Pacífica...................Luta Armada...................
5a ) Justifique a sua opção com exemplos concretos......................................
D. ZIMBABWE.
1.País europeu ex-colonizador...........................................................
2.Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência..................
3.Lider do Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência.........
4.Data da Independência Nacional........................................................
5.Tipo de luta: Descolonização Pacífica.....................Luta Armada.................
5a ) Justifique a sua opção com exemplos concretos......................................
E. ZÂMBIA.
1.País europeu ex-colonizador...........................................................
2.Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência..................
3.Lider do Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência.........
4.Data da Independência Nacional........................................................
5a ) Justifique a sua opção com exemplos concretos......................................
F. SENEGAL.
1.País europeu ex-colonizador...........................................................
2.Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência..................
3.Lider do Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência.........
4.Data da Independência Nacional........................................................
5.Tipo de luta: Descolonização Pacífica........................Luta Armada..............
5a ) Justifique a sua opção com exemplos concretos......................................
G. ARGÉLIA.
1.País europeu ex-colonizador...........................................................
2.Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência..................
3.Lider do Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência.........
4.Data da Independência Nacional........................................................
5.Tipo de luta: Descolonização Pacífica......................Luta Armada................
5a ) Justifique a sua opção com exemplos concretos......................................
H. CONGO BELGA.
1.País europeu ex-colonizador...........................................................
2.Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência..................
3.Lider do Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência.........
4.Data da Independência Nacional........................................................
5.Tipo de luta: Descolonização Pacífica....................Luta Armada..................
I. NAMÍBIA.
1.País europeu ex-colonizador...........................................................
2.Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência..................
3.Lider do Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência.........
4.Data da Independência Nacional........................................................
5.Tipo de luta: Descolonização Pacífica.....................Luta Armada.................
J. MOÇAMBIQUE
1.País europeu ex-colonizador...........................................................
2.Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência..................
3.Lider do Partido/Movimento Nacionalista que liderou a luta pela independência.........
4.Data da Independência Nacional........................................................
5.Tipo de luta: Descolonização Pacífica.....................Luta Armada.................
3.SOBRE ACORDO DE NKOMATI.
A.Localização no tempo/espaço...........................................................
B.Personalidades que assinaram um acordo................................................
C.Paises signatários do acordo..........................................................
D.Objectivos do acordo..................................................................
A.Localização no tempo/espaço...........................................................
B.Personalidades que assinaram o acordo.................................................
C.Paises signatários do acordo..........................................................
D.Objectivos do acordo..................................................................
4. SOBRE ACORDO GERAL DE PAZ EM ROMA.
A.Localização no tempo/espaço...........................................................
B.Personalidades que assinaram o acordo.................................................
C.Paises signatários do acordo..........................................................
D.Objectivos do acordo..................................................................